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Por que bancos centrais estão comprando ouro no maior volume em 80 anos

A rapidez com que os EUA impuseram sanções à Rússia por conta da invasão da Ucrânia e a subida dos juros pelo BC americano levaram países de todo mundo a se desfazerem de dólares e investirem em outros ativos.

Bancos centrais de todo o mundo estão usando os dólares de suas reservas para comprar ouro com o objetivo de reduzir sua dependência dos Estados Unidos.

Segundo o Conselho Mundial do Ouro, organização dedicada ao desenvolvimento de mercado para o setor, as autoridades monetárias adicionaram em 2022 a maior quantidade de ouro às suas reservas desde 1950 (início da série histórica).

E os dados deste ano indicam que essa tendência vai continuar.

O dólar dominou o comércio mundial e serviu como moeda de reserva global desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Mas a invasão da Ucrânia pela Rússia vem mudando esse paradigma (entenda abaixo).

Analistas não acreditam que haverá uma transformação radical. Na visão deles, o dólar ainda tem anos de hegemonia.

Mas bancos centrais de grandes economias como China, Índia ou Brasil, entre outros, estão comprando ouro para repor os dólares em suas reservas no ritmo mais rápido registrado desde o pós-guerra.

Para alguns analistas, essa tendência começou antes mesmo da invasão da Ucrânia, mas a maioria aponta para a rapidez com que os Estados Unidos impuseram sanções à Rússia quando o conflito começou.

“As nações ocidentais congelaram alguns dos ativos remanescentes devido à invasão da Ucrânia em 2022, que incentivou os bancos centrais de todo o mundo a aumentar ainda mais as participações em ouro fungível”, explicam os analistas de commodities globais do Bank of America.

 

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