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Setor de joias cresce 20% no primeiro semestre

A indústria de joias em Minas Gerais tem mostrado uma retomada considerada ‘boa’ no período pós-pandemia. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Joalherias, Ourivesarias, Lapidações e Obras de Pedras Preciosas, Relojoarias, Folheados de Metais Preciosos e Bijuterias no Estado de Minas Gerais (Sindijoias-MG), Raymundo Vianna, eles continuam com a perspectiva de crescimento de 40% no ano e calcula que cresceram 20% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar do crescimento, de acordo com Vianna, a perda de 40% das lojas em 2020 e 2021 quando a pandemia fechou o comércio por dois meses, ainda reflete nessa retomada. “Tivemos que nos reinventar. Criamos alternativas para continuar seguindo com os negócios”, diz.

Ele explica que apesar do mercado on-line ter sido uma opção para muitos, no setor de joias, não foi a melhor alternativa. “As pessoas compram emoção. A venda on-line é mais fria. Quando uma mulher decide comprar uma joia, ela quer ver, tocar, experimentar”, observa.

Vianna conta que, dessa forma, o setor apostou no design de joias que usam menos ouro e mais ‘pedras de cor’ (pedras com valor mais baixo, mas montagens diferenciadas), uma vez que o ouro estava muito caro. “Apostamos nas pedras para minimizar os custos e o movimento tem dado certo”, explica.

Ele conta que as exportações também retomaram bem, mas não revela os valores do primeiro semestre. “A gente ainda concorre com o mercado chinês, mas temos procurado exportar joias com maior valor agregado e não só material bruto para conquistar o mercado externo”, explica. Os EUA são ainda o maior destino das joias mineiras.

Perspectivas
O presidente comenta que o mercado ainda é incerto. As empresas investiram pouco, estão mais regradas e fazendo pouco estoque. “A reforma tributária é uma incógnita. Ninguém sabe o que vem por aí. O nosso setor tem uma cadeia produtiva menor. Se levarmos em conta os 30% do IVA anunciados até agora, o valor acaba sendo repassado para o consumidor e nossos produtos ficam muito caros”, analisa.

Além do cenário econômico, Vianna revela que há uma demanda por abertura de lojas de joias. Ele conta que o sindicato tem sido bastante procurado para orientar empreendedores interessados em abrir este tipo de negócio.

Assim, ele está organizando um curso que atenderá esta demanda. Em dois meses, já pretende estar com o projeto em andamento. “Perdemos muito na área do varejo e precisamos resgatar o que perdemos. Vamos orientar as pessoas a montar um ponto de venda, sobretudo, os escritórios”, garante. Ele explica que por trabalhar com produtos de alto valor, os quesitos de segurança são muito importantes entre outros itens peculiares ao negócio.

fonte: https://diariodocomercio.com.br/economia/setor-de-joias-cresce-20-por-cento-no-primeiro-semestre/#gref

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